Tempo e espaço pós-modernos em Sábado e O primeiro dia

Sábado (1995) de Ugo Giorgetti e O Primeiro Dia (1999) de Walter Salles e Daniela Thomas exibem não apenas uma ilustração a respeito de discussões sobre o tempo-espaço nas metrópoles paulistana e carioca, mas configuram-se como evidências concretas e didáticas sobre os valores e razões que contribuem para as atuais transformações sociais e urbanas, bem como um conjunto de dados e expressões formadoras de uma iconografia urbana de origem cinematográfica. Ao desvendarem e responderem questionamentos que permeiam a história visual da cidade brasileira contemporânea tornam-se fonte para análise e entendimento de inúmeras características da nova forma (flexível) de acumulação de capital e da condição pós-moderna da relação sociedade e cidade, e também da sua vinculação à segregação sócio-espacial, enquanto sistema que se reafirma com a perseverante contribuição capitalista