A utopia num sentido estrito de sua etimologia é um não-lugar (u-topos). Podemos alargar o sentido deste termo ao percebermos a amplitude desenvolvida com a proliferação de produções após a obra inaugural de Thomas More. Ao debruçamos sobre o tema da utopia, das cidades utópicas no cinema, percebemos como este é um campo de criação profícuo para a invenção de outros lugares, de cidades utópicas. Este artigo procura relacionar, conectar as cidades utópicas, estes outros lugares produzidos pelo cinema que figuram como reflexões críticas sociais, políticas e espaciais que resultam em um instrumento crítico e feroz, resultado de uma observação, de uma convivência, de um empilhamento de práticas, teorias e intervenções no espaço urbano associado...