Vivências de gênero dissidentes em religiosidades de matrizes africanas: alguns aspectos sobre as transexualidades na religião

Nesse artigo discuto as aproximações e rejeições das vivencias trans* e as religiosidades de matriz africana. Construí uma revisão bibliográfica situando o Candomblé como um polo produtor de conhecimento que estabelece aspectos relevantes para a pesquisa, sobretudo, em reflexões sobre o corpo. Traço, ainda, o perfil de três comunidades-terreiro para entender os seus projetos políticos de aceitação das diversidades sexuais e de gênero, a partir da cosmologia mítica do Candomblé, e proponho um debate sobre o lugar de sensibilização que essas comunidades-terreiro possuem. Em seguida, empreendo uma revisão de literatura dos recentes estudos sobre as identidades trans* e as comunidades-religiosas. Busco, de modo geral, estabelecer comentários críticos sobre as produções, em especial, os trabalhos que analisaram as tradições de matrizes africanas