Health Literacy

Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaA Literacia em Saúde, condiciona a forma como cada um de nós é capaz de tomar decisões acertadas sobre a saúde. Afeta, por isso a nossa qualidade de vida e daqueles que nos são próximos e dependem de nós, como as crianças ou idosos. Tem também implicações nas despesas de saúde e nos custos e formas de organização dos sistemas de saúde nacionais. O termo literacy foi inicialmente utilizado pelos países anglo-saxónicos, o que explica se pelo facto de terem sido estes, os que mais cedo se preocuparam com os níveis de literacia da sua população. O conceito de literacia em saúde surgiu em 1974, ligado às questões da promoção da saúde. Literacia é, na sua definição mais direta, a capacidade de ler, escrever, ouvir, compreender e falar uma língua. Historicamente, tem sido uma coleção de práticas culturais e comunicativas compartilhadas entre membros de grupos específicos. O termo evoluiu, para se referir especificamente à capacidade de ler e escrever num nível adequado para comunicação ou num nível que permita compreender e comunicar ideias abstratas (Kanj & Mitic, 2009). O mundo encontra-se em constante mutação e na corrida darwiniana, apenas os mais aptos sobreviverão. À luz de Chiavenato (2004), as mudanças ocorrem de forma rápida e intensa nas organizações, sem que os profissionais se apercebam a curto prazo das suas alterações. Novos paradigmas estão a surgir na sociedade, trazendo enormes transformações de ordem económica, social e tecnológica. Perante este cenário, é inquestionável a necessidade de mudanças e renovações continuas dentro das organizações para que possam enfrentar o desafio do mundo moderno.Atualmente, a literacia em saúde é definida pela OMS como “o conjunto de competências cognitivas e sociais e a capacidade dos indivíduos, para acederem à compreensão e ao uso da informação de forma a promover e manter uma boa saúde” (WHO, 1998). O Institute of Medicine (EUA) define Literacia em Saúde como “grau em que os indivíduos têm a capacidade de obter, processar e entender informações e serviços básicos de saúde necessários para tomar decisões de saúde apropriadas”. Esta evolução do conceito, pretende na prática dotar o individuo de competências que permitam a tomada de decisões em saúde fundamentadas, no decurso do seu dia a dia, tornando-o mais autónomo e responsável pela sua saúde, pela saúde dos que dependem dele e da comunidade.Verifica-se uma falta de estudos científicos nesta temática em Portugal, sendo assim preponderante a investigação, trabalho e dedicação dada a relevância do assunto para a comunidade científica e sociedade.Neste estudo pretende-se fazer uma revisão narrativa relativamente à temática da Literacia em Saúde envolvendo conteúdos pertinentes como: A evolução do conceito de Literacia em Saúde ao longo do tempo; a sua preponderância na Saúde; competência das pessoas em literacia; comparação entre a baixa literacia e a alta literacia; níveis de literacia e promoção da mesma em Portugal.Health Literacy determines how each of us is able to make the right decisions about health. It therefore affects our quality of life and of those close to us and who depend on us, such as children or the elderly. It also has implications on health expenditure and the costs and ways of organizing national health systems.The term literacy was initially used by the Anglo-Saxon countries due to the fact that they were the ones who were sooner concerned with the literacy levels of their population. The concept of health literacy emerged in 1974, linked to health promotion issues. Literacy is, in the true sense of the word, the ability to read, write, listen, understand and speak a language. Historically, it has been a collection of cultural and communicative practices shared between members of a specific group. The term evolved, to refer specifically to the ability to read and write at a level suitable for communication or at a level that allows understanding and communicating abstract ideas (Kanj & Mitic, 2009).The world is constantly changing and in the Darwinian race, only the fittest will survive. According to Chiavenato (2004), changes occur quickly and intensely in organizations, without the professionals realizing their changes in the short term. New paradigms are emerging in society, bringing enormous transformations of economical, social and technological order. In view of this scenario, the need for continuous changes and renewals within organizations is unquestionable so that they can face the challenge of the modern world. Currently, health literacy is defined by the WHO as “the set of cognitive and social skills and the capacity of individuals , to access, understand, and use of information in order to promote and maintain good health ”(WHO, 1998). The Institute of Medicine (USA) defines Health Literacy as "the degree to which individuals have the capacity to obtain, process and understand basic health information and services necessary to make appropriate health decisions". This evolution of the concept, intends in practice to provide the individual with skills that enable informed health decisions to be made, in the course of their daily lives, making them more autonomous and responsible for their health, and the health of those who depend on them. There is a lack of scientific studies on this subject in Portugal, thus, research, work and dedication are predominant given the relevance of the subject to the scientific community and society. In this study we intend to make a narrative literary review regarding the theme of Literacy in Health involving relevant content such as: The evolution of the concept of Health Literacy over time; its preponderance in Health; competence of people in literacy; comparison between low literacy and high literacy; levels of literacy and its promotion in Portugal