RELIGIOSIDADE, TEMPO E SUBJETIVADE NO DOCUMENTÁRIO BICICLETA DE NHANDERÚ

Este artigo analisa a tradição religiosa no documentário Bicicleta de Nhanderú (2011), buscando atentar para as formas como a religiosidade guarani é representada no documentário. A hipótese inicial é a de que a tradição é trabalhada tendo em vista a dualidade permanência e modificação, diante das formas de produção e circulação de símbolos na sociedade moderna. Focamos nossa análise na proposta inicial do projeto Vídeo nas Aldeias, bem como na relação sujeito e a câmera, como forma de constituição de uma proposta de descrição etnográfica presente nas duas fases desse projeto. Apontamos, dessa maneira, que a presença da câmera e do sujeito que descreve a religiosidade, constitui uma narrativa marcado pela presentificação do tempo com um forte traço metalinguístico