CAMINHOS DA ÁGUA: UMA BREVE ANALISE DE CONFLITOS HÍDRICOS EM TERRITÓRIO QUILOMBOLA NA CHAPADA DIAMANTINA

O presente artigo busca realizar uma breve analise a respeito dos conflitos socioambientais que tem como fator comum a água, em quatro comunidades quilombolas na região da Chapada Diamantina, Vazante-Seabra, Cutia- Boninal, Iúna- Lençóis e Fazenda Velha- Andaraí, durante o período de 2015 a 2017. No que se refere aos casos investigados o primeiro a ser observado foi a construção da barragem na comunidade da Vazante o que levará a submersão da mesma, tal obra também teve impacto negativo em outro local, a Cutia, ao utilizar em determinado momento a água do barramento da comunidade durante o período de maior seca do povoado, agravando a situação dos moradores. Em sequência foi examinado a fragilidade agrária e as mortes em Iúna e a restrição dos remanescentes quilombolas da Fazenda Velha ao seu modo de vida, já que vivem em uma área de preservação ambiental que não é permitida a habitação humana. Para fundamentar essa pesquisa utilizamos Arruti (2006, 2008), Hall (2003, 2005) e Mello (2012), que tratam sobre o conceito de Quilombo e seus marcadores identitários e culturais. Além de Nascimento (2001), Little (2001) e Theodoro (2005) para o embasamento metodológico da base analítica desenvolvida. À medida que elucida os símbolos e subjetividades dos conflitos