Processo de afiliação de egressos da EJA no Ensino Superior: desafios e propostas à docência universitária

A democratização do ensino superior brasileiro, aliado ao processo de expansão das universidades públicas, da primeira década do século XXI, até o tempo presente, vêm contribuindo para que os jovens e adultos acessem a formação universitária, embora os estudos revelem que a conclusão do curso de graduação tem sido permeada de obstáculos e incertezas. Portanto, a “afiliação”, que nos remete aos estudos do sociólogo francês Alain Coulon, consiste num desafio a ser encarado pelos docentes universitários que têm lecionado para esse novo público de estudantes, originários das camadas populares. Contudo, não podemos esquecer que esse fenômeno emergente também requer providências institucionais, com vistas à garantia da permanência, da qualidade das aprendizagens e das vivências acadêmicas dos estudantes. Desse contexto, emergiu o estudo em questão, que tem como objetivo problematizar a afiliação de egressos de uma modalidade da Educação Básica, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que têm ingressado na universidade pública. Relativamente aos dilemas do acesso em que o trabalho, os conhecimentos prévios insuficientes, a falta de tempo para os estudos e as dificuldades do primeiro ano da vida universitária são os maiores dilemas para os estudantes jovens e adultos, sugere-se algumas estratégias para a acolhida e à prática profissional dos docentes universitários face à condição dos novos estudantes do ensino superior