O artigo parte da premissa de que a contínua interlocução entre a psicanálise e a literatura teria contribuído para a despatologização do conceito de sintoma na teoria psicanalítica. Os questionamentos examinados no texto são: Em que medida esse intercâmbio entre a literatura e a psicanálise pode ter ressonâncias nas pesquisas com fundamentação da psicanálise e que se relacionam com outros campos de saber, como, por exemplo, a educação? Um percurso pela interlocução entre os dois campos poderia fornecer subsídios para uma despatologização do sintoma em tempos de crescente ampliação e utilização de diagnóstico na educação, em especial em torno dos transtornos de aprendizagem tais como o sintoma disortográfico? Através de um recorte clínico, ...