Efeito da iluminação na cicatrização da enxertia em plantas hortícolas. Caso de estudo – enxertia de tomateiro e feijoeiro na empresa Campoeste S.A.

Mestrado em Engenharia Agronómica / Instituto Superior de Agronomia. Universidade de LisboaEm horticultura, a procura de plantas enxertadas tem aumentado, pelos seus melhores desempenhos. A empresa Campoeste S.A, tem procurado estabelecer protocolos de enxertia que confiram plantas compactas e com bom desenvolvimento radicular. Neste ensaio, produziram-se plantas enxertadas de feijoeiro e tomateiro e avaliou-se a influência da qualidade e quantidade de radiação de diferentes fontes de iluminação na fase pós-enxertia, na qualidade das plantas à saída do viveiro. Plantas de feijão-verde ‘Estefania’ foram enxertadas em feijão-verde ‘Polestar’ e plantas de tomateiro ‘Bigram SW’ foram enxertadas em tomateiro ‘Multifort’, e mantidas numa câmara de enxertia com temperatura a 25ºC ±1ºC e humidade relativa a 92% ±2%, durante três dias sob seis diferentes tipos de iluminação: LED azul e vermelho (AV); LED azul, vermelho e branco (AVB) LED azul de fita dupla (AZDU); LED azul de fita simples (AZSI); LED rosa (R); e lâmpadas brancas fluorescentes (B) como testemunha, e três fotoperíodos: 18, 21 e 24 horas. Seguidamente, as plantas foram transferidas para uma câmara de atempamento, climatizada com 23ºC ±2ºC e humidade relativa a 75% ±3%, durante três dias, e depois para uma estufa com cobertura, durante sete dias. Após este estádio, calculou-se as taxas de sobrevivência de enxertia, mediu-se pesos secos da parte aérea e radicular e comprimentos da parte aérea. Calculou-se o peso total e as razões comprimento/peso parte aérea, comprimento/peso radicular, peso parte aérea/peso parte radicular. Os fotoperíodos não tiveram influência significativa nos parâmetros avaliados. As modalidades AZDU e AZSI produziram os feijoeiros mais compactos (47,13 e 54,14 cm/g peso seco parte aérea, respetivamente), conferindo a AVB e B os melhores tomateiros (20,65 e 21,49 cm/g peso seco parte aérea, respetivamente). O melhor pegamento nos feijoeiros ocorreu sob B (88%). Os tomateiros atingiram em todos os tipos de iluminação, excetuando o AZSI, taxas de sobrevivência de 100%N/