Migrantes brasileiros e bolsonarismo: fascismo tupiniquim e as heranças coloniais

Este trabalho tem por objetivo discorrer sobre os migrantes brasileiros no território português em seu exercício político transnacional durante as eleições de 2018, bem como o impacto das heranças coloniais na construção político-social do Brasil e nos cidadãos brasileiros. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, Jair Messias Bolsonaro venceu as eleições em Portugal, sendo o mais votado nas três cidades equipadas para receber eleitores brasileiros em eleições presidenciais internacionais. O argumento construído é do “bolsonarismo” enquanto tecnologia colonial possível de retomada e avanço do neoliberalismo e da própria constituição do movimento de identidade com o candidato eleito para além do fascismo, mas enquanto fruto da constituição do Brasil face à ausência de rompimentos com valores historicamente conservadores que encontrarão campo fértil para sua reemergência pós golpe 2016. O bolsonarismo é o colonialismo vivo em sua nova face.This paper aims to discuss Brazilian migrants in portuguese territory in their transnational political exercise during the 2018 elections, as well as the impact of colonial inheritances on the social and political construction of Brazil and on brazilian citizens. According to data from the Superior Electoral Court, Jair Messias Bolsonaro won the elections in Portugal, being the most voted in the three cities equipped to receive Brazilian voters in international presidential elections. The argument constructed is that of “bolsonarism” as a possible colonial technology for the resumption and advancement of neoliberalism and the very constitution of the identity movement with the elected candidate beyond fascism, but as a result of the constitution of Brazil in the face of the absence of ruptures with historically conservative values who will find fertile ground for their reemergence post-coup 2016. Bolsonarism is coloniality in it’s new face