Saúde e assistência durante as epidemias na Loulé quinhentista

Numa região que procurava soluções para responder aos problemas sociais resultantes das disrupções socioeconómicas provocadas pelas calamidades epidémicas, ecológicas e humanas, a coroa fomentou a articulação com as câmaras, para impor modelos comuns de atuação. O presente texto propõe-se analisar como este emaranhado institucional contribuiu para a Loulé quinhentista enfrentar os perigos epidémicos. A crescente conexão de poderes parece ter favorecido a implementação de soluções comuns de isolamento e de solidariedade assentes em instituições de assistência permanentes. Com esta finalidade, importa compreender como os poderes municipal, senhorial e régio se articularam para implementarem modelos comuns de proteção da comunidade. Analisaremos igualmente como as respostas se refletiram nas camadas mais frágeis da população, como as comunas mouriscas e judaicas quatrocentistas louletanas. Por fim, examinaremos de que forma estas circunstâncias se repercutiram na aquisição de serviços de saúde na vila algarvia, com a contratação permanente de profissionais de cura