Rendimento da cultura da soja após consórcios de milho com capim-marandu e crotalária.

No Brasil, a soja é a cultura com maior área cultivada, sendo de grande importância econômica para o país. Porém, o monocultivo da soja resistente ao glyphosate tem gerado diversos problemas fitossanitários, encontrando-se entre eles a seleção de plantas daninhas tolerantes e resistentes a esse herbicida, dificultando o seu controle (Ikeda, 2016). Como consequência, pode ocorrer redução do rendimento pelo controle inadequado, assim como aumentar o custo de produção devido à aplicação de outros herbicidas. Assim, o sistema integração lavoura-pecuária (ILP) surge como alternativa no meio agrícola para aumentar o rendimento das lavouras de forma mais sustentável, onde as pastagens favorecem a quebra de ciclos de patógenos, enquanto que as lavouras colaboram para a fertilidade do solo (Zimmer et al., 2012). O consórcio de milho com forrageiras do gênero Urochloa tem sido muito indicado e utilizado, pois tem demonstrado ser uma alternativa na supressão de plantas daninhas (Correia et al., 2013), além de proporcionar melhor desempenho para a cultura subsequente (Alves et al., 2013). Do mesmo modo, o consórcio de milho com adubos verdes, como as crotalárias, além desses efeitos (Kappes; Zancanaro, 2015), também aumenta o aporte de N no solo por meio da fixação biológica de nitrogênio. Para o controle químico de plantas daninhas na cultura do milho é comumente utilizado o herbicida atrazine, que atua no controle de plantas daninhas dicotiledôneas, não sendo seletivo à soja. Sendo assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do consórcio de milho com Urochloa brizantha cv. Marandu e Crotalaria spectablis associado ao manejo de plantas daninhas no rendimento da cultura da soja em sucessão