Procuramos pensar um entrelaçamento possível, ou, ao menos, uma aproximação entre a Estética de Adorno e a Ética de Levinas, especialmente a partir do não idêntico e da experiência estética como uma experiência do encontro com o Outro. Veremos que o instante da realização da obra é o seu instante ético. Aquele que a obra se desprende daquele que a coloca no mundo e abre caminhos para outras subjetividades se formarem. Por isso, estamos as voltas com o movimento estético que pode provocar irrupções de novos sentidos e percepções, como inquietações que mantém vivo o não idêntico sem subsumi-lo ao idêntico. E, por outro lado, trazemos alguns aspectos da obra de Levinas para pensar a obra de arte e a poesia, especialmente aquela da obliteração,...