Este ensaio visa explicitar o conceito de analogon em sua relação com o real. A consciência imaginante tem um modo próprio de intencionar os objetos, operando um ato nadificador que ultrapassa o real. Através do conceito de analogon, essa consciência realiza um movimento no qual, deixa a percepção do real em segundo plano e visa o irreal. A arte, por sua vez, permite questionarmos a tensão entre esses pontos. Segundo Sartre, o objeto estético está no irreal, ele opera a passagem da consciência perceptiva à consciência imaginante. Embora represente uma fuga da realidade, o ato nadificador da consciência imaginante não decorre da alienação do sujeito. A fuga é aparente, dado que, a nadificação da consciência deriva da atividade humana de olha...