Picky eating and the role of school: do children who attend school regularly have a greater food repertoire?

Objective: To compare the number of foods accepted by children aged 0 to 5 years old with picky eating who attended school or not. Methods: Retrospective cross-sectional study with data from 94 children aged 0 to 5 years with picky eating attended at a feeding difficulty (FD) reference center. The patient's diagnosis is based on the Kerzner classification and the food repertoire was assessed using the food recall. The child's attendance at school or not was reported by the child’s parent/caregivers. Chi-square and t-student tests were used for possible differences. Results: Most children were male (64.9%), older than 2 years old (78.7%), normal weight (86.0%), mild picky (77, 7%) and without an organic disease (63.7%). The average number of foods accepted by the sample was 19.2±SD 7.7 foods. 67.0% of the children attended school regularly. Although there was a lower number of accepted foods between those not attending vs. attending school (17.8±7.3 vs. 20.8±7.8), there was no significant difference (p=0.074). Overall, a higher number was found when there was school attendance. Children at risk for being overweight/overweight or who were exclusively breastfed until 6 months of age attending school have a higher number of accepted foods when compared to those who did not attend (p = 0.002 and p = 0.046, respectively). Conclusion: Severe picky eaters were less enrolled in schools than mild picky eaters; fewer accepted foods were found when not attending school. Children at risk of being overweight/overweight who did not attend school are more severe picky.Objetivo: Comparar o número de alimentos aceitos por crianças de 0 a 5 anos com seletividade alimentar que frequentam ou não a escola. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, com dados de 94 crianças de 0 a 5 anos diagnosticadas com seletividade alimentar atendidas em um centro de referência. O diagnóstico do paciente é baseado na classificação de Kerzner e o repertório alimentar foi avaliado por meio do inventário alimentar. A frequência da criança à escola ou não foi autorreferida pelo responsável da criança. Para os testes de diferenças utilizou-se o qui-quadrado e o T de student, dependendo da natureza da variável. Para todas as análises, considerou-se nível de significância menor que 5%. Resultados: No presente estudo, a maioria das crianças era do sexo masculino (64,9%), com mais de 2 anos (78,7%), eutrófica de acordo com IMC para idade (86,0%), seletivo regular (77,7%) e sem doença orgânica associada (63,7%). O número médio de alimentos aceitos pela amostra foi de 19,2±7,7 alimentos. Em relação a frequentar a escola ou não, 67,0% frequenta a escola regularmente. Apesar de haver valor médio menor de alimentos quando não se frequenta a escola (17,8±7,3 vs 20,8±7,8, quando frequenta), não houve diferença estatisticamente significativa (p=0,074). De modo geral, foram encontradas médias maiores quando há a frequência na escola. Crianças com risco de sobrepeso/sobrepesas ou que foram amamentadas exclusivamente até os 6 meses e que frequentam a escola apresentam maior média de alimentos aceitos quando comparadas às que não frequentam (p=0,002 e p=0,046, respectivamente). Conclusão: Crianças altamente seletivas vão menos à escola do que os seletivos regulares. Crianças com risco de sobrepeso e sobrepesas que não frequentam a escola apresentam seletividade mais severa