O NÃO PARADIGMA AMBIENTAL

Com este artigo pretendo levantar as questões que mais me acompanharam neste meu primeiro ano de estudos específicos no campo da educação ambiental, aproveitando-me da rica experiência vivenciada na disciplina Estudos Avançados em EA do Programa de Pós Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal de Rio Grande - FURG, quando analisamos 14 artigos, das mais variadas nacionalidades, selecionados do periódico digital “The Journal of Environmental Education”. Dois deles couberam a mim fazer em aula a apresentação para os colegas: “The effect of Enviromental Education on Schoolchildren, their parents, and community members: A Study of intergenerational and intercommunity learning” (O efeito da educação ambiental em escolares, seus pais e membros da comunidade: Um estudo intergeracional e aprendizagem intercomunitária), onde os autores examinaram a hipótese que crianças aprendem e assimilam os princípios de conservação no ambiente escolar e transferem para seus pais. No segundo artigo “Knowledge and Attitudes Regarding sea turtles in elementary students on Zakynthos, Greece”(Conhecimento e atitudes em relação as tartarugas marinhas em estudantes de ensino básico em Zakynthos, Greece), os autores construíram um instrumento de pesquisa com trinta e dois itens, para medir conhecimento e aspectos comportamentais (entendimento e interesse no problema, orientação e compromisso verbal) com respeito a conservação da tartaruga marinha em Zakynthos Grécia. Desta forma pudemos entrar em contato com uma mostra significativa de produções científicas realizada nas mais diferentes realidades e partes do mundo. Somei a isto minhas impressões sobre o Segundo Congresso de Educación Ambiental para el Desarrollo Sustentable de la República Argentina, onde pude encontrar uma outra perspectiva para a educação ambiental, que junta a renovação do movimento sindical com formação continuada de professores. Na segunda parte deste artigo procurei reproduzir esquemática e o mais fielmente possível os principais tópicos enunciados pelos conferencistas; acreditando que seriam mais do que suficientes para percebermos a significativa distância existente entre as concepções do The Journal of Environmental Education e as do Segundo Congresso na Argentina. Desta forma busco montar um quadro mais amplo de como a educação ambiental vem sendo interpretada e integrada aos mais diferentes discursos e propósitos que não raras vezes são antagônicos