Dosagem de vitamina D em crianças com Transtorno do Espectro Autista

Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2021.O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno comportamental e do desenvolvimento. A deficiência de vitamina D durante a gravidez ou na primeira infância foi proposta como um possível fator de risco ambiental para TEA. Objetivo: Verificar os níveis séricos de Vitamina D em crianças com TEA. Método: A amostra foi um total de 87 crianças (49 sujeitos com diagnóstico de TEA e 38 sujeitos para o grupo controle (GC)). Após realizada a coleta de sangue dos participantes da pesquisa foi realizada a dosagem de vitamina D em ambos os grupos e em seguida comparados os resultados. Foram realizadas medidas descritivas nos resultados da dosagem de Vitamina D e para comparação das duas amostras independentes foi utilizado o Teste de Mann-Whitney. Um valor de P <0,05 foi considerado significativo. Resultados: Das crianças estudadas, 80,5% foram do sexo masculino e 10,5% do sexo feminino; 83,9% tinham idades entre 3 e 11 e 16,1% entre 12 e 15 anos de idade; as crianças com o TEA apresentaram uma média de dosagem sérica de vitamina D de 29,94 ng/mL e o GC uma média de 34,86 ng/mL (P <0,05). Apresentaram deficiência de vitamina D 18,37% do grupo experimental (GE) e 2,63 % do GC, insuficiência 28,57% do GE e 28,95% do GC e suficiência 53,06% do GE e 68,42% do GC. Conclusão: pode haver uma associação entre baixos níveis de vitamina D e o Transtorno do Espectro Autista, mas ainda não está claro o motivo desse déficit no organismo, assim como, as consequências neurológicas que esse déficit proporciona. Novas pesquisas com um maior número de participantes, estudos moleculares, randomizados e duplo cegos poderão ser realizados para uma maior comprovação científica acerca desse tema.Autistic Spectrum Disorder (ASD) is a behavioral and developmental disorder. Vitamin D deficiency during pregnancy or in infancy has been proposed as a possible environmental risk factor for ASD. Objective: To verify the serum levels of Vitamin D in children with ASD. Method: The sample was a total of 87 children (49 subjects diagnosed with ASD and 38 subjects for the control group (CG)). After taking the blood from the research participants, vitamin D was measured in both groups and then compared the results. Descriptive measurements were performed on the results of the dosage of Vitamin D and for comparison of the two independent samples, the Mann-Whitney test was used. A value of P < 0,05 was considered significant. Results: Of the children studied, 80,5% were male and 10,5% were female; 83,9% were aged between 3 and 11 and 16,1% between 12 and 15 years of age; children with ASD had a mean serum vitamin D dose of 29,94 ng/mL and CG a mean of 34,86 ng/mL (P < 0,05). They presented vitamin D deficiency 18, 37% in the experimental group (EG) and 2, 63% in the CG, 28, 57% insufficiency in the EG and 28, 95% in the CG and sufficiency 53, 06% in the EG and 68, 42% of the GC. Conclusion: there may be an association between low levels of vitamin D and Autistic Spectrum Disorder, but the reason for this deficit in the body is not clear, as well as the neurological consequences that this deficit provides. New research with a larger number of participants, molecular, randomized and double-blind studies can be carried out for greater scientific proof on this topic