Brasil e Tigres Asiáticos : desenvolvimento econômico comparado à luz da Nova Economia das Instituições

Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Departamento de Economia, 2021.Este trabalho objetiva fazer um estudo comparativo do processo de desenvolvimento econômico brasileiro e dos chamados Tigres Asiáticos de Segunda Geração, com destaque para a Coreia do Sul, desde o imediato pós Segunda Guerra Mundial até o final da década de 80, aplicando- lhe o instrumental teórico da chamada Nova Economia das Instituições. Para dar cabo a esse estudo comparativo, são integradas tanto as linhas de pesquisa com ênfase nas políticas horizontais quanto aquelas cuja ênfase recai sobre as ditas políticas verticais ou intervencionistas no estudo do desenvolvimento econômico do Brasil e do leste asiático. Não menos relevante, também são agregadas análises nas quais o contexto regional e geopolítico da inserção produtiva das duas regiões oferece qualificações relevantes para a análise. As evidências sugerem que, embora Brasil e Coreia do Sul tenham passado parte relevante do período sob regimes políticos autoritários, as instituições econômicas do último tinham caráter claramente inclusivo, ou seja, com elevada capacidade de adaptação a mudanças no cenário econômico, ao contrário das brasileiras. Dada a forte discrepância que se observa na trajetória de crescimento econômico dos dois países a partir da década de 80, conclui-se que a incapacidade do arcabouço institucional brasileiro vigente em contemplar as exportações como um vetor adicional de desenvolvimento em concomitância ao desenvolvimento do capital humano foi o principal fator para o fracasso do Brasil em sustentar de forma continuada seu processo de desenvolvimento na década de 80.This papers aims to do a comparative study of the brazilian and the so called Asian Tigers of the Second Generation, specially the South-Korean economic development process, since the Second World War until the end of the 80’s, using the theoretical instrumentality of the so called New Institutional Economics. To realize this comparative study, research lines wich emphasizes horizontal and vertical or interventionist policies on the study of the economic development process of Brazil and the asian east are integrated. Last but not least, it also integrates analysis in wich the regional and the geopolitical context of the productive insertion of both regions offers additional qualifications to the study. The evidences suggest that, although Brazil and South- Korea stayed part of the period under authoritarian political regimes, the South-Korean economic institutions were clearly inclusive, in other words, they had high adaptability to changes to the economic scenario, wich was not the case of the brazilian ones. Given the strong discrepancies on the economic growth path of the two countries since the 80’s, it concludes that the incapacity of the so existing brazilian institutional framework to include the exports as an additional vector of development in conjunction with the human capital growth was the main reason for the failure in Brazil steadily sustainning its development process during the 80’s