SEXUALIDADE VIVENCIADA NA GESTAÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA

Introdução: a gestação é um processo biológico que produz profundas alterações no organismo da mulher com a finalidade de adaptá-las às necessidades materno-fetal. Entre eles destacam-se as alterações hormonais, cardíacas, respiratórias e emocionais, que poderão afetar diretamente a sexualidade da mulher no período gestacional. Objetivo: revisar a literatura científica publicada acerca do impacto da gestação na sexualidade do casal. Método: revisão bibliográfica realizada na base de dados científica da BVS e Scielo, pelo cruzamento dos descritores de Ciência em Saúde (DECS): Sexualidade, Gestação e Pré-Natal. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados no período de 2016 a 2019, estarem completos e de domínio público. No entanto, foram excluídos os artigos com duplicidade. Foram encontrados 15 artigos, mas permaneceram 7 artigos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Resultados: a literatura aponta que a relação conjugal e sexual pode ser afetada por fatores relacionados tanto ao preconceito e medo do casal em relação a esse período de adaptações, como devido à falta de conhecimento sobre como tornar o ato sexual prazeroso, por preocupação de que a relação sexual prejudique o feto e por tabus existentes na sociedade. A prática da sexualidade ultrapassa o ato da penetração, uma vez que envolve carícias, gera bem-estar físico e mental e traz forte ligação entre o casal, portanto a gestante deve continuar a sentir e desenvolver sua sexualidade nesse período. Conclusão: diante das dificuldades e tabus em relação à sexualidade no período gestacional destaca-se a importância da atuação do enfermeiro na promoção da saúde da mulher e do seu cônjuge, abordando sobre a sexualidade durante as consultas de pré-natal, a fim de esclarecer dúvidas, minimizar medos e anseios, favorecendo assim a qualidade de vida do casal