INTERAÇÃO ENTRE FARMACOS E ALIMENTOS E SUAS INFLUÊNCIAS NA TERAPÊUTICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução: Os medicamentos e os alimentos podem interagir entre si de forma benéfica ou indesejável. No primeiro caso, facilitando a absorção ou diminuindo seus efeitos colaterais. Por outro lado, pode impedir tal absorção, diminuindo sua eficácia e comprometendo o tratamento de determinada enfermidade. Como impacto negativo na terapia medicamentosa, a diminuição da biodisponibilidade de fármacos pode resultar em falhas do tratamento, enquanto que o aumento da biodisponibilidade pode acarretar em sérios efeitos tóxicos. Vários fatores justificam a ocorrência de interações fármaco-alimento, como as características físico-químicas das substâncias envolvidas, a dose do fármaco e a quantidade de nutrientes disponíveis, o momento de administração do medicamento e o horário da dieta, além de aspectos individuais, como quadro clínico, polifarmácia, constituição enzimática e microflora intestinal. Objetivo: Realizar uma investigação através de uma revisão de literatura sobre a interação de fármacos e alimentos e suas influências terapêuticas. Metodologia: A presente pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico, do tipo descritivo, de caráter qualitativo, efetuado através de uma busca nas seguintes bases de dados científicas: Scielo e BVS, através do cruzamento dos seguintes descritores interações alimento-fármaco, suplementação alimentar, atenção farmacêutica. Referida busca teve como critérios de inclusão: artigos publicados entre os anos de 2014 a 2020, serem completos e de domínio público, excluindo aqueles que não condiziam com a pesquisa e que se encontravam em duplicidade. Foram encontrados 6 artigos, mas apenas 2 compuseram o resumo, após a leitura na íntegra. Resultados: Observa-se que as interações fármaco-alimento mais frequentes são aquelas que afetam a taxa de absorção de fármacos, principalmente devido a proteínas, gorduras e fibras da dieta. Os aminoácidos provenientes de uma dieta rica em proteínas podem inibir a absorção de fármacos, como ocorre com os fármacos antiparkinsonianos levodopa e metildopa, enquanto o consumo excessivo de fibras pode reduzir a absorção de fármacos, como é o caso do cardiotônico digoxina. Nota-se também que os corticoides apresentam interações significativas com os nutrientes por provocarem diversos efeitos antinutricionais que merecem atenção, sobretudo em crianças e idosos, uma vez que, diminuem a absorção das vitaminas A C, B6, ácido fólico, cálcio, potássio, fósforo e magnésio, bem como, aumentam a excreção renal de potássio, zinco, das vitaminas C, B6 e tiamina. Conclusão: A interação entre fármaco e alimento é um tema muito relevante para equipe de saúde, por isso é necessário que os profissionais participem de programas educacionais e implementem procedimentos de prevenção e resolução de problemas e assim sejam capacitados para realizar ações de promoção da saúde podendo orientar aos pacientes que fazem uso de algum medicamento, para que eles adotem uma postura terapêutica que fornaça mais benefícios durante o tratamento e uma melhor qualidade de vida