A reforma agrária no Brasil vista a partir do assentamento Antonio Conselheiro, Ceara

BARRETO, Edimilson Silva. A reforma agrária no Brasil vista a partir do assentamento Antonio Conselheiro, Ceará. 2018. 200 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado Interdisciplinar em Humanidades, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira-unilab, Redenção-Ceara, 2018.O presente trabalho se propõe compreender a questão agrária no Brasil, principalmente a partir da década de 1960, que é quando se acirra um debate mais acalorado sobre a reforma agraria no país. Apresenta também as tensões dos conflitos sociais no campo e na cidade, principalmente o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), no qual teve destaque na questão agrária brasileira, dividindo opiniões na da sociedade civil e nas políticas de reforma agrária. As reflexões aqui propostas partem de uma aproximação com o paradigma agrarista brasileiro com o objetivo de compreender os conflitos ideológicos, políticos e social presente nos Movimentos Sociais bem como no assentamento, a fim de compreender a reforma agrária no Brasil a partir desse assentamento, e qual o tipo de reforma agrária está presente no assentamento. A visão de reforma agrária para os assentados, os aspectos sócios econômicos e suas relações com o INCRA e o MST. O assentamento Antonio Conselheiro fica situado em Ocara, Ceará, na fazenda que se chamava Córrego do Quixinxé. A ocupação da área foi efetivada em 20 de maio de 1995, com a participação de 400 famílias, na época contava com cerca de quase 1500 pessoas oriundas de vários municípios cearenses, inclusive Quixeramobim, terra onde nasceu Antonio Conselheiro. Com uma área de 5.968 hectares, desse total, 4.476 hectares ficaram pertencendo aos trabalhadores rurais organizados pelo MST, a outra parte, ou seja, 1.492 hectares ficaram com os ex-moradores. O Antonio Conselheiro é um assentamento que foi resultado das reinvindicações do MST. Considerando o que afirmam as lideranças do MST de que o processo de assentamentos de famílias tem como finalidade a produção de alimentos para a economia local, o MST afirma que 70% dos alimentos que vai a mesa é produzido pelas famílias por meio da agricultura familiar. Nesse sentido, a pesquisa vai avaliar qual o modelo de reforma agraria implantada no assentamento, de é o modelo produtivista como afirma os que são a favor da divisão de terra ou se é distributivista