Margens da Cidade: Rio de Janeiro, uma cidade de todos?

RESUMO: Neste artigo, pretendo apresentar duas tentativas de inclusão social que, embora bastante distintas, a primeira encabeçada pelo Estado e a segunda pela sociedade civil, partilham um mesmo denominador comum, a saber, a percepção da inclusão social como um processo de resgaste do indivíduo pelas malhas do Estado, o que envolve os benefícios concedidos ao cidadão e os deveres inerentes aos mesmos, mas também o controle por parte do Estado. Em contrapartida, pretendo defender a tese de que uma concepção mais abrangente do que seja incluir, sob o ponto de vista moral, deve levar em conta as demandas específicas de cada grupo ou indivíduo, para além ou aquém de seu reconhecimento enquanto cidadão de um Estado nacional.PALAVRAS CHAVE: inclusão social, Rio de Janeiro, justiça e reconhecimento. ABSTRACT: In this article I intend to present two attempts at social inclusion, which, although very different from each other, the former developed by the State and the latter by the civil society, share the same common denominator, namely, the perception of social inclusion as a process of rescuing individuals through the State's network, which involves the benefits and duties granted to citizens, but also control by the State. On the other hand, I intend to defend the theses that a broader conception of what it means inclusion, on the moral point of view, must take into considerationthe specific demands of each group or individual, beyond or bellow one's recognition as a citizen of a National State.KEYWORDS: social inclusion, Rio de Janeiro, justice and recognition