Neste texto buscamos traçar um breve panorama da tradição eurocêntrica das teorias da literatura, e da crítica literária, no Brasil, ressaltando o aspecto central de sua formulação discursiva: o grafocentrismo. Tentaremos mostrar com as diversas concepções de crítica literária que circularam no campo das letras brasileiras eram grafocentricas, operando a partir de concepções de língua que não potencializam a apreensão do repertório cultural negro, na cultura brasileira. A partir desse cenário iremos expor como a escrita de Lima Barreto rasura essa engrenagem discursiva na literatura brasileira, operando um devir negro na linguagem literária nacional, através do uso do registro informal da língua no texto literário. Essa operação barretiana,...