Este artigo apresenta uma leitura do romance Loucura de Hamlet, de Paula Mastroberti, e objetiva discutir as estratégias narrativas nele incorporadas, apresentando-o como bem simbólico capaz não só de representar os problemas sociais de seu tempo, como também de questioná-los, valendo-se da forma para reiterar aquilo que apresenta em seu conteúdo. Nessa análise, contata-se que, apesar da interferência dos valores da indústria cultural, já inclusa na ideia de adaptação de um clássico e no endereçamento de uma obra a um público específico, é evidente a pressuposição de um leitor mais autônomo para a Série Reversões, capaz de enveredar pelas trilhas do texto de Mastroberti e produzir leituras significativas e autênticas, sendo capaz de compree...