Vestígios de pré-cinema em Lobo da Costa

O presente artigo procura uma vertente de pré-cinema no texto do poeta e romancista pelotense Lobo da Costa (1853-1888), buscando compreender num primeiro momento a própria anatomia do olhar, para em seguida analisar o contexto da época através de uma breve biografia do autor. O reconhecimento dos traços da linguagem cinematográfica surgem por meio de uma “decupagem literária”. Para tanto, o corpus eleito é o poema Aquele Ranchinho e o método aplicado tem como base o trabalho de Paul Leglise (Une Oeuvre de Pré-Cinéma, 1958) em relação à Eneida, de Virgílio (19 a.C). Tal método, ao desconstruir o poema, mostrou-se adequado ao objetivo de encontrar imagens em meio às palavras