Conservação de lagostas inteiras do gênero Panulirus White

OGAWA, Masayoshi et al. Conservação de lagostas inteiras do gênero Panulirus White. Arquivos de Ciências do Mar. Fortaleza, v.15, n.1, p.59-66. jun. 1975.As lagostas se incluem entre os principais recursos pesqueiros do nordeste brasileiro. A expansão de sua pesca industrial tem acarretado dificuldades, em virtude da exploração de pesqueiros mais distantes, com o conseqüente aumento dos dias de viagem/barco, refletindo em retardamento para o seu total beneficiamento. forma de caudas congeladas; não obstante, o produto vem sendo preferido inteiro, por novos mercados consumidores. Entretanto, somente barcos grandes, equipados com câmara frigorífica, permitem a conservação à bordo de lagostas inteiras. Mesmo com estocagem a frio, a preservação dos crustáceos pode facilmente deixar a carne fibrosa e endurecida. Considerando as trocas deteriorativas ocorrentes em lagostas inteiras, Thomas (1969) limitou para 5 dias o tempo de sua estocagem a frio. Com referência às lagostas, Reay & House (1951) estudaram o comportamento da carne crua e cozida, estocadas em condições de refrigeração e congelamento; Suzuki & James (1968) observaram as mudanças na textura da carne congelada, relacionando-as com a desnaturação de proteínas; Dagbjartsson & Solberg (1973) avaliaram alguns parâmetros biofísicos e bioquímicos, referentes às mudanças de textura em lagostas precozidas, durante o armazenamento a frio. Neste trabalho estudamos as mudanças organolépticas, físicas e bioquímicas ocorridas durante o beneficiamento de lagostas inteiras do gênero Pcmulirus White, tendo em vista selecionar métodos que permitam prolongar o tempo de sua preservação