O(s) lugar(es) de Meus desacontecimentos, de Eliane Brum, na diversificada paleta da autoficção

The self-narrative itself, popularized from the eighteenth century, could be categorized by characteristics common to all texts within this scope. However, due to the creativity of the authors, over time it has undergone several changes, becoming so diverse that it does not fit within a rigid classification. Fictional elements brought her closer to the novel than to the autobiography: thus came the term ‘autofiction’, popularized by Serge Doubrovsky in 1977, and all the consequent discussion among theorists about the difficulty of characterizing this different self-narrative mode. This article, after a brief review of the term autofiction, aims to analyze Eliane Brum’s book Meus desacontecimentos: the type of predominant reception this book want for itself, whether as factual or fictitious; and to verify where the book is in the spectrum of concepts for autofiction published in the last decades.La narrativa del yo, popularizada a partir del siglo XVIII, podía ser categorizada por características comunes a todos los textos de ese ámbito. Sin embargo, a causa de la creatividad de los autores, con el paso del tiempo, ha experimentado muchos cambios, razón por la cual ha llegado a ser tan diversa a punto de no ajustarse en una clasificación fija. Elementos ficcionales la han hecho acercarse más a la novela que a la autobiografía: desde ahí surge el término “autoficción”, popularizado por Serge Doubrovsky en 1977, y todo el debate entre los teóricos sobre la dificultad de caracterizar ese diferente modo de narrativa del yo. El presente artículo, tras una breve revisión acerca del término autofifcción, tiene el objetivo de analizar el libro Meus desacontecimentos, de Eliane Brum, en cuanto al tipo de recepción predominante que desea para sí misma, fáctico o ficticio; y averiguar qué posición ocupa la obra en el espectro de los conceptos de la autoficción publicados en las últimas décadas.A escrita sobre si, popularizada a partir do século XVIII, podia ser categorizada por características comuns a todos os textos desse escopo. Porém, devido à criatividade dos autores, com o tempo passou por diversas mudanças, tornando-se tão diversificada a ponto de não caber dentro de uma classificação fixa. Elementos ficcionais fizeram-na aproximar-se mais do romance do que da autobiografia: daí o surgimento do termo “autoficção”, popularizado por Serge Doubrovsky em 1977, e toda a consequente discussão entre os teóricos sobre a dificuldade de caracterizar esse diferente modo de escrita de si. O presente artigo, após uma breve revisão do termo autoficção, visa a analisar o livro Meus desacontecimentos, de Eliane Brum, quanto ao tipo de recepção predominante que deseja para si, se enquanto factual ou fictício; e verificar em qual posição a obra se encontra no espectro dos conceitos para a autoficção publicados nas últimas décadas