Experiência literária e morte em Blanchot: teoria do gênio como ontologia da linguagem

The aim of this paper is to show how Maurice Blanchot establishes a contemporary theory of the genius on his analysis of the relationship between literary experience and death. At first, we will specify in which terms it is possible to say that Blanchot formulates a theory of the genius, opposing it to text gender theory. We will also investigate how Blanchot’s thought departs from Hegel, Nietzsche and Heidegger towards the articulation of death and ontology of literary creation. At last, we will analyze how Blanthot’s ontology of literary creation institutes itself on the notion that the fundament of being is actually language negativity itself.O objetivo deste artigo é analisar como Maurice Blanchot fundamenta uma teoria contemporânea do gênio a partir de suas análises sobre a relação entre a experiência literária e a morte. Para tanto, indicaremos, num primeiro momento, em que medida pode-se dizer que ele formula uma teoria do gênio em oposição a uma teoria do gênero. Em seguida, desenvolveremos como o pensamento de Blanchot parte de Hegel, Nietzsche e Heidegger para articular morte e ontologia da criação literária. Por fim, analisaremos de que forma sua ontologia da criação literária se apoia na noção de que o fundamento do ser é, na verdade, a própria negatividade da linguagem