RESUMO A poesia de Manuel Bandeira, um dos mais profícuos poetas brasileiros do século XX, interessou tanto à crítica literária de Mário de Andrade quanto à de Sérgio Buarque de Holanda. O objetivo deste artigo é analisar os critérios que sustentam as críticas de Mário de Andrade e Sérgio Buarque à poesia de Manuel Bandeira, tendo como ponto de partida a afirmação da trajetória artística sincera do poeta. No caso de Mário de Andrade, tal conceito parece retomar as reflexões sobre a técnica da poesia desenvolvidas sistematicamente em “O artista e o artesão”; no caso de Sérgio Buarque, parece figurar como um dos combustíveis para a revolução contra a “cordialidade” brasileira, conforme definida em Raízes do Brasil