O presente trabalho lança luz sobre a trajetória de Lygia Pape (1927-2004), artista experimental que atuou em diversas linguagens e suportes. Pautando a análise de sua produção pela relação com o contexto urbano no qual se inseria, enfocamos três momentos e conjuntos de obras: o primeiro, parte do amplo \"projeto cultural moderno\", inclui as obras concretas e neoconcretas, como as xilogravuras \"Tecelares\" (1955-1959), o roteiro para um filme sobre Brasília (1959), o \"Livro da criação\" (1959) e \"Balés neoconcretos\" (1958-1959); o segundo, de crise do anterior conceito de projeto, contempla as obras participativas como \"Ovo\" (1968), \"Divisor\" (1968) e \"Roda dos prazeres\" (1968) e o terceiro, cronologicamente mais recente, no qual...