Processos de resistência no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: cartografias do cotidiano em um assentamento de reforma agrária

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social.As manifestações dos processos de resistência no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra apresentam-se como temática de estudo e pesquisa produzida nesta escrita/dissertação, construída a partir da cartografia cotidiana de um assentamento de reforma agrária, localizado na região sul do Estado do Rio Grande do Sul. A problemática centra-se em captar as ressonâncias das batalhas cotidianas, a fim de indicar que a potência de resistência das famílias assentadas pode ser constrangida e neutralizada, mas jamais esquecida e finalizada. Assim, num primeiro momento, a escrita se aproxima da luta pela terra, entrelaçando a análise em torno do campesinato, promovendo a ruptura do espaço rural considerado fechado e instituído, apresenta a questão agrária brasileira e suas configurações no espaço rural, além dos acontecimentos da história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, repleto de multiplicidades. No segundo momento a escrita, propõem os processos de resistência, a partir das batalhas cotidianas, traçadas na relação poder e saber, bem como na potência da criação. No último momento, a escrita apresenta a cartografia cotidiana, enquanto modo de fazer pesquisa, a partir da potência dos encontros com os assentados no cenário pesquisado. Por fim, algumas considerações e relevâncias que surgiram no decorrer da produção do conhecimento desta escrita/dissertação