#CurrículoEmConexãoComAcibercultura: a sociabilidade ciborgue e as juventudes no Ensino Médio

Os sujeitos da contemporaneidade estão hiperconectados à rede, no ciberespaço com as múltiplas possibilidades que este oportuniza. A utilização da internet pelas/os jovens está relacionada às profundas alterações nos modos viver, nas relações com o espaço, o tempo, a escola e mais especificamente os currículos escolares. Essa conexão com as tecnologias digitais e com os elementos da cibercultura, de um modo mais amplo, tem desafiado a educação escolar, a prática docente e tem produzido diferentes questões nas cenas curriculares. Nesse sentido, me debrucei a discutir a atuação da cibercultura na produção do currículo vivido em uma turma de ensino médio de uma escola pública. Desse modo, como argumento geral da dissertação afirmo que a sociabilidade ciborgue atua na produção do currículo vivido. Esse modo de se relacionar que nomeio por sociabilidade ciborgue consiste na fusão das práticas lúdicas que são vivenciadas entre os sujeitos presencialmente e no ciberespaço. A sociabilidade ciborgue é uma forma lúdica de interação e se configura, sobretudo, na relação com os elementos ciberculturais, tais como Smartphones, WhatsApp, práticas de nude selfie e a música na conexão com as tecnologias. Sociabilidade ciborgue é, desse modo, a junção amalgamada das práticas lúdicas que são vivenciadas entre os sujeitos de modo analógico e digital. Ela é constituída por brincadeiras, zoações e irritações e se constitui como eixo central das vivências na turma pesquisada no ensino médio. Para desenvolver esta pesquisa utilizei como metodologia a etnografia educacional e, desse modo, permaneci em campo durante o primeiro semestre letivo de 2016, apliquei questionários, fiz entrevistas e observações na instituição pesquisada. Como principais referências teóricas utilizei as produções do campo da sociologia da juventude, dos estudos curriculares, além de conceitos foucaultianos que auxiliaram no trabalho analítico.Contemporary subjects have been hyper connected to network, on cyberspace with the several possibilities it can offer. Internets use by youth is associated to deep changes on the ways of living, in relations with space, time, school and more specifically with school curriculums. This connection with digital technologies and with cybercultures elements, on a wide way, has challenged school education, the teaching practices, and has produced different questions on curricular scenes. Thus, I bent over to discuss the actuation of cyberculture on lived curriculum with a high school class at a public school. In this sense, as general argument for this master dissertation, I affirm that cyborg sociability acts on lived curriculum production. Moreover, this way of being in relation which Ive named cyborg sociability consists in the fusion of playful practices, which are lived among subjects, presencially, at cyberspace. Cyborg sociability is a playful way of interaction and it is composed in relation with cybercultural elements, such as smartphones, WhatsApp, nude selfie practices and music in connection with technologies. Cyborg sociability is, by this way, an amalgamated junction of playful practices which are lived by subjects into an analogic and digital way. It is constituted by frolics, mocking and irritations and, thus, is the central axis of experiences with the high school class which was investigated. For the development of this research, I used, as methodology, educational etnography and, through this method, I stayed on field during the first semester of 2016. So, I applied questionnaires, I did interviews and observations on the institution which was researched. Therefore, as main theoretical references, I used productions from yough sociology area, from curriculum studies and also some concepts from Michel Foucault, which helped on the analytic work