Espaço cultural, espaço público: estudo sobre as políticas culturais brasileiras e as relações de poder nos espaços Lagoa do Nado, Centro Cultural UFMG e Palácio das Artes

A formação de cidadãos críticos e criativos está intimamente ligada ao direito à cultura e à cidade, com seus espaços de integração. Entender a Cultura como uma realidade plural permite a compreensão de que a diversidade cultural é a sua principal potência. Assim, os processos de homogeneização cultural, por serem processos de alienação, como apontou Lefebvre, e de isolamento dos indivíduos, segundo Arendt, também podem desconstruir os laços afetivos construídos pela Cultura. Afinal, a Cultura possui a pluralidade em sua essência e, ao mesmo tempo, também forma vínculos, pertencimentos e identidades coletivas. Desse modo, o direito à cultura seria o direito de fazer parte dessa diversidade, como também de dela usufruir. A Cultura como direito é uma possibilidade para se abrir profundamente a participação democrática no Brasil e para se alcançar uma sociedade justa e plural, que respeite a diversidade que a Cultura oferece, na idealização e na construção de espaços públicos. Os espaços públicosculturais e as políticas públicas culturais poderiam operar, por excelência, como mecanismos que garantissem a formação de qualidade, principalmente para os jovens. Para abrir um caminho que viabilize efetivamente esta formação, é preciso estudar os significados das expressões espaço público e espaço cultural, aprofundando discussões.Em Belo Horizonte, há três espaços importantes, com potencial para a realização deste estudo (estudo teórico, reflexivo e prático, com entrevistas e trabalho de campo), são eles: Palácio das Artes, Centro Cultural Lagoa do Nado e Centro Cultural UFMG. O estudo desses espaços pode ser vinculado às relações de poder, às políticas públicas culturais, à política, à economia, aos interesses do Estado e da sociedade civil. Dessa forma, é também possível articular a teoria com a prática, na busca pelo entendimento acerca do espaço público, concretizado na forma de espaço cultural.The formation of creative and critical citizens is closely linked to the right to culture and to the city, with its integration spaces. Understanding culture as a plural reality allows the understanding that cultural diversity is its main power. Thus, the processes of cultural homogenization, since they are processes of alienation, as pointed by Lefebvre, and of isolation of individuals, according to Arendt, can also deconstruct the emotionalties built by Culture. After all, at the same time that culture has a plurality in its essence, it also forms links, affiliations and collective identities. Therefore, the right to culture would be entitled to be part of this diversity, and also to enjoy it. Culture as a right is a possibility to profoundly open democratic participation in Brazil and to achieve a just and pluralistic society that respects the diversity that culture provides, in the design andconstruction of public spaces. The cultural public spaces and cultural public policies could operate, by excellence, as a mechanism to guarantee the quality training, especially for young people. To make this training possible, it is necessary to study the meanings of the expressions public space and cultural space, in a deepen discussion. InBelo Horizonte city there are three important areas that have the making for the implementation of this study (theoretical, reflective and practical study, with interviews and field work), which are: Palácio das Artes, Centro Cultural Lagoa do Nado and Centro Cultural UFMG. The study of these spaces can be linked to power relations, to cultural public policies, to politics, to economy, to the interests of the State and civil society. Thus, it is also possible to link theory to practice in the pursuit of understandingthe public space, embodied in the form of cultural space