Radiofrequência artroscópica e osteotomia de weil para tratamento da instabilidade metatarsofalângica sutil dos pequenos dedos

Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-11T23:02:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 mestrado_final___pos_defesa.pdf: 109139372 bytes, checksum: fa65956dcdfbb8c9d29ddbee9dabb1ca (MD5) Previous issue date: 4Introdução: vários autores já demonstraram a importância da placa plantar na estabilização da articulação metatarsofalângica (MTF) dos dedos menores. Até o presente momento, a literatura apresenta relatos que abordam como tratar as extensas lesões da placa plantar e ligamentos colaterais, com instabilidade grosseira e evidente quadro clínico. Os estágios iniciais da doença com lesões pequenas e uma instabilidade sutil não têm opções de tratamento descritas. Objetivo: demonstrar os resultados obtidos no tratamento dos pacientes com lesão da placa plantar graus zero e um a partir de capsuloplastia artroscópica com ponteira de radiofrequência e selagem das lesões da placa plantar combinadas com osteotomia de Weil. Método: no período compreendido entre janeiro de 2009 e junho de 2011 foram reunidos os dados referentes a 19 pacientes (35 articulações) com instabilidade metatarsofalângica dos dedos menores. Todos apresentavam dor localizada no antepé, instabilidade sutil da metatarsofalângica e deformidade articular. Eles foram submetidos à avaliação clínica, radiológica e artroscópica (diagnóstica e terapêutica) de cada articulação acometida e tiveram seus dados anotados em prontuário médico. A instabilidade sutil, caracterizada por lesão da placa plantar graus 0 e 1 foi definida a partir do exame físico e confirmada por artroscopia diagnóstica. Resultados: entre os nossos pacientes, 73% eram do sexo feminino e 85% destas relataram usar saltos altos. A média de idade e de acompanhamento pós-operatório foi de 59 anos e 20 meses, respectivamente. No quadro inicial, 62% das articulações apresentaram afastamento dos artelhos, com aumento do espaço interdigital. O escore American Orthopaedics Foot and Ankle Society (AOFAS) e a Escala Visual Analógica da Dor (EVA) apresentaram resultados estatisticamente significantes (p<0,001): a média do escore AOFAS ascendeu de 53 pontos no pré-operatório para 92 pontos no pós-operatório e a EVA obteve valor médio de oito pontos no pré-operatório que decresceu para zero ponto no pós-operatório. Com o tratamento instituído, obteve-se melhora da dor, da estabilidade e da congruência articular. Durante a avaliação pré-operatória nenhum dos pacientes apresentou articulação estável e mais de 97% foram classificados como portadores de instabilidade de grau I (<50% subluxação). Com o tratamento instituído, 83% das articulações metatarsofalângicas tornaram-se estáveis (grau 0 de instabilidade) com mais de 97% das articulações congruentes. Conclusão: a aplicação artroscópica da radiofrequência em combinação com a osteotomia de Weil promove melhora funcional, alívio da dor e retorno da estabilidade articular.Introduction: several authors have demonstrated the importance of the plantar plate to stabilize the metatarsophalangeal joint (MTP) of the lesser toes. Until now, the literature only discusses how to treat extensive lesions of the plantar plate and collateral ligaments, with gross and obvious clinical instability. The early stages of disease with minor injuries and a subtle instability have no treatment options described. Objective: demonstrate the results obtained in the treatment of patients with plantar plate tear grade zero and one treated with arthroscopic radiofrequency of the plantar plate injuries combined with Weil osteotomy. Method: between January 2009 and June 2011, the data for 19 patients (35 joints) with instability of the lesser metatarsophalangeal were gathered. All had forefoot pain, subtle instability of the metatarsophalangeal joint and some degree of joint deformity. They underwent clinical, radiological and arthroscopic evaluation (diagnostic and therapeutic) of each affected joint and had their data recorded. The subtle instability, characterized by plantar plate tear grade 0 and 1, was defined by physical examination and confirmed with a diagnostic arthroscopy. Results: among our patients, 73% were female and 85% of then reported wearing high heels. The average age and postoperative follow-up was 59 years and 20 months, respectively. In the initial frame, 62% of joints showed spread toes with increased interdigital space. The American Orthopaedics Foot and Ankle Society score (AOFAS) and the Visual Analogue Pain Scale (VAS) showed statistically significant results (p <0.001): the mean AOFAS score rose from 53 points preoperatively to 92 points in the postoperatively and VAS obtained average value of eight points preoperatively which decreased to zero postoperatively. With the treatment instituted, we obtained pain relief, stability and joint congruity. During the preoperative evaluation, none of the patients had stable joint and over 97% were classified as having grade I of instability (