Efeito da magnitude da perturbação na adaptação em uma tarefa de apontamento

O objetivo deste estudo foi comparar o efeito de duas magnitudes de perturbação na adaptação em uma tarefa de apontamento. Vinte voluntários (n=20), destros, universitários, sem experiência na tarefa, divididos em dois grupos em relação à magnitude da distorção da informação visual: G30 (30° de distorção) e G60 (60° dedistorção) participaram do estudo. Os intrumentos utilizados foram uma mesa digitalizadora, uma caneta digital, um computador e uma caixa de madeira coberta com um tecido. A tarefa consistiu em executar um movimento de apontamento partindo de um ponto fixo em direção ao alvo. Foram utilizadas duas condições: a) apontamento para direita, partindo do ponto central e atingir um alvo à direita; b) apontamento para esquerda, partindo do ponto central e atingir um alvo à esquerda.A ordem de aparecimento dos alvos foi pseudo-aleatória para todos os sujeitos e grupos. O experimento constou de duas fases: pré-exposição com 20 tentativas para cada alvo e exposição com 80 tentativas para cada alvo. Na fase de exposição foi manipulada a distorção da informação visual, sendo que a trajetória realizada era mostrada na tela com 30º e 60º de rotação no sentido anti-horário. As medidas utilizadas foram raiz quadrada do erro médio (RMSE), tempo de movimento (TM),erro direcional em 100 ms (IDE), número de vezes que a aceleração passa pelo zero (Nacel). Para a análise dos dados foi utilizado o teste estatístico ANOVA two-way com post-hoc de Duncan, com nível de significância p<0,05 e foi realizado um ajuste da curva do erro por um modelo exponencial. A análise da fase de exposição indicou que o processo de adaptação dos grupos foi diferente: G30 adaptou maisrapidamente que o G60. Em relação ao mecanismo de controle empregado na adaptação, não houve diferença entre os grupos, ambos utilizaram o feedforward. Contudo, a eficiência desse mecanismo foi influenciada pela magnitude da perturbação, visto que houve menor eficiência para a maior magnitude de perturbação.adaptation in an aiming task. Twenty volunteers (n=20), right-handed, college students, naive to the purpose of the experiment. They were divided into two groups which referred to the size of visuomotor perturbation: G30 (30º of rotation) e G60 (60º of rotation) took part in this study. The task apparatus consisted of a digitizing table, a digitizing pen, a computer and a wooden box covered with a cloth. The task required to make an aiming movement from one central dot to a specific target.There were two conditions: a) aiming to the right, from the central dot to the right target; b) aiming to the left, from the central dot to the left target. The targets appeared in a pseudo-random order. The experiment consisted of two phases: preexposition with 20 trials for each target and exposure with 80 trials for each target. In the exposure phase the visuomotor perturbation was manipulated. The trajectory was shown in the screen with 30º and 60º rotation counter-clockwise. The measures used in the experiment were the root mean square error (RMSE), movement time (TM), initial directional error at 100ms (IDE), zero line crossing acceleration (Nacel). Statistical tests were done with two-way ANOVA with Duncan's post hoc with significance level of p< 0,05 and an exponecial function was apllied to the RMSE exposure data. The exposition phase analysis showed that the time course of adaptation was different for the groups: G30 adapted faster than G60. There was no difference for the groups in the control mechanism during the exposition phase. Both groups used feedforward. However, the efficiency of the feedforward was influenced by the magnitude of perturbation. There was less efficiency for the bigger magnitude of the perturbation