Representação social de adolescentes acautelados e não acautelados sobre violência

Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-11T13:48:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 disserta__o_mestrado_sca_daniel_nogueira_cortez_2010.pdf: 1803506 bytes, checksum: 25ef007a06b47d806efe1b1e821f9864 (MD5) Previous issue date: 28O presente trabalho é um estudo descritivo com abordagem qualitativa, que tem como objetivo descrever as representações sociais de violência de adolescentes em conflitos com a lei, em um Centro Socioeducativo de Minas Gerais e comparar com adolescentes livres, alunos de uma escola, considerados não infratores. A pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Foram adotados como instrumentos a entrevista semiestruturada e a coleta da história de vida. Participaram da pesquisa onze adolescentes de cada ambiente, totalizando vinte e dois participantes. Submeteramse os dados à análise de conteúdo na vertente análise temática, sem a determinação prévia das categorias. Os temas que emergiram foram: Percepção da violência: o que é violência?, Envolvimento da família dos adolescentes em situações de violência e/ou uso de drogas, Influências para prática de violência e/ou uso de drogas, Imediatismo e banalização da violência e Futuro do adolescente e possibilidades de mudança. Os adolescentes da escola retratam a violência de uma forma mais ampla, abrangendo mais tipos de violência, enquanto os adolescentes do Centro Socioeducativo deixam claro que a violência está, principalmente, relacionada àquela de maior risco em que a morte pode estar presente. Talvez essas diferenças sejam representadas pelo percurso de vida que cada grupo apresenta. Os principais fatores que influenciaram a prática de violência e/ou uso de drogas foram: a necessidade do dinheiro para a subsistência devido à pobreza, à falta de trabalho e, principalmente, para a compra de drogas; a via fácil da aquisição do dinheiro e bens materiais; o abandono escolar; a influência de amigos; a falta de supervisão dos pais e a ausência paterna e a família como exemplo negativo.This paper presents a qualitative descriptive study which aims to describe and compare the social representations of violence manifested by adolescent offenders from a Juvenile Development Center in Minas Gerais and by apperceived lawabiding nonoffenders from a regular school. Prior approval for this study was granted by the Federal University of Minas Gerais Research Ethics Committee. The datacollection instruments were a semi-structured interview and a self-reported life history. A total of twenty-two adolescents (eleven from each environment) participated in the study. The data were submitted to thematic content analysis without previous categorization. The themes revealed were: perception of violence: what is violence?; family involvement in violent situations and/or drug use; influences to the perpetration of violence and/or drug use; the immediacy and banality of violence; the juveniles future and the possibility of change. The regular school adolescents view violence across a broader spectrum, seeing it as spanning more types of violence, whereas the Juvenile Development Center ones render it clear that violence is mainly related to that which involves higher, potentially lethal, risk. The diverging representations likely arise on account of the life courses the groups presented. The main contributing factors to the perpetration of violence and/or drug use were: poverty-related lack of money to meet basic needs, labor market detachment due to job skill/opportunity deficits, and, primarily, the need to obtain money to buy drugs; easy means of financial and material gain; school dropout; negative peer influences; lack of parental supervision and father absence; and negative family role models