CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E BROMATOLÓGICAS DE PALMA GIGANTE (Opuntia ficus-indica) E MIÚDA (Nopalea cochenillifera) ORIUNDAS DO ESTADO DA PARAÍBA

A palma é originária do México e pertencente à família das cactáceas. É cultivada em muitos países e adapta-se bem aos climas áridos, semiáridos e nos solos pobres em nutrientes. Apresenta-se como uma boa fonte de mucilagem, fibras, minerais e compostos antioxidantes sendo subutilizados na alimentação humana apesar de suas propriedades. Desta forma, a caracterização desta espécie permite a preservação dos recursos naturais, propiciando o desenvolvimento de novos produtos e a promoção da saúde da população. Este trabalho teve como objetivo verificar as características físicas, químicas e bromatológicas dos cladódios in natura de duas espécies de palma (Opuntia fícus-indica e Nopalea cochenillifera), amplamente cultivadas na região Nordeste do Brasil. Foram analisadas as características de massa fresca, comprimento, largura, espessura e os parâmetros de coloração (Luminosidade e as coordenadas a* e b*). Os teores de sólidos solúveis, acidez titulável, pH, umidade, matéria seca, cinzas, cálcio, fósforo, proteína total, fibra bruta, açúcares redutores totais e lipídios totais também foram analisados. A opuntia fícus-indica destacou-se com valores superiores quanto aos teores de umidade, proteína, lipídios, sólidos solúveis, minerais e fibra bruta além de comprimento, largura e massa fresca quando comparada à variedade Nopalea cochenillifera. A palma forrageira pode ser considerada como uma boa fonte de água e minerais com baixos teores de proteína e lipídios, e mostra-se promissora como uma potencial fonte vegetal que precisa ser melhor caracterizada para uso no processamento de alimentos de forma a garantir elevação dos atributos nutricionais, tecnológicos e funcionais