Exclusive breastfeeding : determinants and professional orientation

Objetivo. Analisar os fatores associados e orientações profissionais relacionados ao tempo de aleitamento materno exclusivo durante a assistência gravídico-puerperal em uma coorte de nascimentos em Londrina, Paraná. Método. Trata-se de um estudo de coorte de nascimento realizado no município do norte do Paraná, com 300 puérperas e recém-nascidos. O estudo utilizou-se do banco de dados mais abrangente do projeto de pesquisa Avaliação da atenção à saúde da mulher e criança: da gestação ao primeiro ano pós-parto em Londrina, Paraná, cuja a coleta de dados ocorreu em quatro etapas, de julho de 2013 a fevereiro de 2015 de uma forma estruturada com perguntas abertas e fechadas sobre condições maternas e infantis. A primeira etapa ocorreu durante a internação das mulheres para o parto em uma maternidade-referência para o risco habitual e intermediário, a segunda no acompanhamento do retorno puerperal em ambulatório desta mesma maternidade. A terceira e quarta etapas ocorreram em visita domiciliar com 42 dias e um ano de pós-parto, respectivamente. Os dados foram processados no Statistical Package for the Social Sciences®, versão 20.0, para a análise bivariada, Teste Qui-quadrado e o Modelo de Regressão de Poisson para análise de associações entre as variáveis, considerado nível de significância de 5% (p=0,05). Resultados. A prevalência de aleitamento materno exclusivo no sexto mês de vida foi de 22,3%, com duração média de 3,44 meses (DP=2,1). A oferta de água e chá (p=0,001) e alimentos (p=0,001) antes dos seis meses de vida esteve associada ao tempo de aleitamento materno exclusivo, sendo considerado o consumo de água e chá foi fator de risco para o desmame precoce. A orientação profissional sobre amamentação foi relatada em 52,3% no pré-natal, 65,7% na sala de parto, 83% no alojamento conjunto, 32% no retorno puerperal e 38,6% na consulta de puericultura. Houve efeito protetor contra o desmame precoce a orientação profissional realizada na consulta de puericultura. Conclusão. A prevalência do aleitamento materno exclusivo na amostra estudada está distante do recomendado e a orientação profissional nas diversas fases da assistência gravídico-puerperal foi insuficiente para garantir a amamentação exclusiva até os seis meses, o que sugere a necessidade de reconstruir práticas de saúde mais efetivas para toda fase da lactância.Objective: To assess the determinant factors and the professional guidance about exclusive breastfeeding period during pregnant-puerperal care of a birth cohort in Londrina-Paraná. Method: This is a birth cohort study conducted in a municipality of North of Paraná, with 300 puerperal women and newborns. The study used the most comprehensive database of the research project "Evaluation of health care of women and children: from gestation to the first year postpartum in Londrina, Paraná", whose data collection took place in four stages, from July 2013 to February 2015 in a structured way with open and closed questions about maternal and child conditions. The first stage occurred during the admission of women to childbirth in a reference maternity for low and intermediate risk; the second one followed the puerperal return in the outpatient clinic of this maternity and in the third and fourth, a home visit was carried out with 42 days and one year postpartum. Data were processed in the Statistical Package for the Social Sciences®, version 20.0, for bivariate analysis, Chi-square test and Poisson Regression model, for analysis of associations between the variables, considered a significance level of 5% (p = 0.05). Results: Three hundred mother-child binomials were followed, and the prevalence of exclusive breastfeeding at the sixth month of life was 22.3%, with an average of 3,44 months (DP=2,1). Prior to the sixth month of life, the water and tea (p=0,001) and food (p=0,001) supply was associated to exclusive breastfeeding time, and was a risk factor for early weaning (p=0,0001). The professional guidance about breastfeeding was reported in 52.3% in pre-natal care, 65.7% in the delivery room, 83.0% in the hospital wards, 32% at puerperals return and 38.6% in child care. There was protective effect against early weaning caused by the professional guidance performed in childcare. Conclusion: The prevalence of exclusive breastfeeding is largely missing out on the recommendations and the professional guidance in the various stages of pregnancy-puerperal care was insufficient to guarantee exclusive breastfeeding up to six months, suggesting the need to rebuild effective health practices for all stages of breastfeeding