“Eu anotei nos meus cadernos um poema novo, em que começo, um poema que quero que seja longo, para escrever durante um ano, que tenha 365 versos, vamos dizer assim, como o começo de uma autodisciplina para me forçar a escrever. E eu começo, e naturalmente, isso pode até não entrar no poema, sair do poema, até uma coisa biográfica. ‘Lume!’, com exclamação.(...) Então aí, esse primeiro verso, desse poema longo que quero fazer e que mal começou, é uma invocação e uma convocação das musas. E tem muitas musas que, por acaso, são ‘emes’, de nomes com M, que coincidem com o meu, com meus dois ‘emes’. Então o M já passou a ser uma coisa também mítica. Isso é importante. Porque a coisa mais importante que existe na vida é o amor.