Prevalence and evolution of infection by the complex Mycobacterium tuberculosis in subjects undergoing tuberculin test

O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência e a evolução de infecção pelo complexo Mycobacterium tuberculosis nos indivíduos submetidos à prova tuberculínica e, em especial, entre os contatos de casos de tuberculose. Estudo de coorte retrospectiva, realizado no Centro de Referência para tuberculose e Aids Dr Bruno Piancastelli Filho, situado em Londrina, norte do Paraná, Brasil. A população de estudo foi constituída por 6.831 casos que realizaram a prova tuberculínica no período de 2003 a 2010, cuja evolução foi acompanhada até setembro de 2014. Os dados foram levantados do livro de registro das provas tuberculínicas, dos prontuários e das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A tabulação e análise dos dados ocorreram por meio do programa SPSS e foi considerado valor de alpha < 0,05 como estatisticamente significativo. Da população estudada, 1.349 (19,7%) não retornaram para leitura. A prevalência de ILTB entre os 5.482 casos que completaram o teste foi de 23,9% (PT ? 5 mm), variando de acordo com a indicação da PT, sendo de 35,4% entre os contatos, 20,6% nos casos de investigação da tuberculose, 10,8% em pacientes com doença ou condição que predisponha a tuberculose (HIV/Aids, uso de fármacos imunossupressores e outras) e 17,5% entre profissionais ou estudantes da área da saúde. Observou-se maior prevalência de ILTB entre os homens (26,2%) do que entre as mulheres (22,0%), com associação estatisticamente significativa para essa variável (p< 0,001). Ressalta-se o alto percentual de positividade à PT nas faixas etárias de zero a nove anos (21,4%) e de dez a 19 anos (26,3%), indicando possível contato com casos de tuberculose intradomiciliar. O tratamento da infecção latente foi indicado para 459 (35,0%) pacientes dentre os 1.311 reatores à prova tuberculínica, constatando-se uma taxa de abandono de 42,5%. A maioria dos casos de abandono ocorreu até o terceiro mês do tratamento da infecção latente (62,6%) e os indivíduos com escolaridade de 12 ou mais anos foram os que mais aderiram ao tratamento completo (63,6%). Entre os 6.831 casos que realizaram a prova tuberculínica, a prevalência de tuberculose foi de 3,4%, correspondendo a 234 notificações, sendo 91,0% de casos novos, 4,3% recidivas e 4,3% reingresso após abandono. Observou-se taxa de cura de 69,2% e de abandono de 13,2%, a maioria ocorrendo até o quarto mês de tratamento (73,3%). A prova tuberculínica foi realizada em 2.425 contatos de casos de tuberculose, dos quais, 1.990 retornaram para leitura, observando-se uma taxa de prevalência de tuberculose de 1,8% e taxa de abandono de 15,9%. Conclui-se que as políticas públicas para o controle da tuberculose estão bem estruturadas, observando-se dificuldades na implementação das propostas e, especificamente, nas ações de controle da infecção latente de tuberculose. A positividade das provas tuberculínicas observada neste estudo e as altas taxas de abandono do tratamento da infecção latente e da tuberculose ativa são indicadores que precisam de maior atenção, especialmente a busca dos contatos.The prevalence and evolution of infection by the complex Mycobacterium tuberculosis in subjects who underwent tuberculin test, especially among tuberculosis case contacts, are analyzed. Current retrospective cohort analysis performed at the Center of Reference for Tuberculosis and Aids Dr Bruno Piancastelli Filho, in Londrina PR Brazil, comprised 6831 subjects who underwent the tuberculin test between 2003 and 2010, with an evolution followed up till September 2014.. Data were retrieved from the registry book on tuberculin tests, clinical charts and cards of the Notification of Diseases Information System. Data tabulation and analysis were done with SPSS with < 0.05 as statistically significant. Further, 19.7% (1349) of the population under analysis failed to return to the process. The prevalence of ILTB among 5482 cases with complete test reached 23.9% (PT ? 5 mm) and varied according to PT indication, or rather, 35.4% between contacts; 20.6% in cases of investigation for tuberculosis; 10.8% in patients suffering from the disease or in conditions that predispose them to the disease (HIV/Aids, use of immunosuppressor drugs and others) and 17.5% among professionals or students in the health area. Higher ILTB prevalence occurred in males (26.2%) than in females (22.0%), with statistically significant prevalence for the variable (p< 0.001). High positive percentage (21.4%) to PT between age brackets 0 and 9 years old and between 10 and 19 years old (26.3%) may be underscored. The above may indicate intradomicilar contacts of tuberculosis. Treatment for latent infection was recommended for 459 (35.0%) of patients out of 1311 reactors to the tuberculin test, with a quittance rate of 42.5%. Most quittance cases occurred after the third month of treatment for latent infection (62.6%). Subjects with 12 or more than 12 years of schooling had the highest adhesion rates for full treatment (63.6%). Among the 6831 subjects who were tuberculin tasted, the prevalence of tuberculosis was 3.4% or 234 notifications, of which 91.0% were new cases, 4.3% were relapses and 4.3% were re-admittance cases after quittance. Cure rate reached 69.2% and quittance rate amounted to 13.2%, most of which occurred till the fourth month of treatment (73.3%). Tuberculin test was undertaken in 2425 contacts of tuberculosis cases of which 1990 returned to reading, with a prevalence rate of tuberculosis at 1.8% and quittance rate of 15.9%. Results show that government policies for the control of tuberculosis are well structured even though difficulties in their implementation are extant, specifically in the control of the latent infection by tuberculosis. Positive tuberculin tests and high rates of quittance in the treatment of latent infection and active tuberculosis indicate greater attention required especially with regard to pinpointing contacts