Drop height determination and biomechanical predictors of performance on bilateral drop jumps

A técnica e a altura do plano elevado parecem influenciar a magnitude de diversas variáveis biomecânicas assim como a altura de salto em drop jumps bilaterais. O estudo do comportamento das variáveis biomecânicas pode fornecer subsídio para que a prescrição do treinamento seja mais específica. Nesse escopo, a presente dissertação, dividida em três estudos, analisou: (a) efeito da altura do plano elevado nas variáveis cinéticas, cinemáticas e altura de salto em drop jumps bilaterais: uma revisão sistemática; (b) determinação da altura do plano elevado para bounce e countermovement drop jumps por meio da altura relativa de saltos verticais com contra movimento; e, (c) variáveis cinéticas e cinemáticas preditoras da altura de salto em bounce e countermovement drop jumps. Para o estudo de revisão (a), as bases de dados eletrônicas PubMed, SPORTDiscus, SCOPUS Elsevier e Web of Science foram consultadas. Vinte e três estudos atenderam aos critérios estabelecidos e foram incluídos. As informações disponíveis na literatura a respeito do efeito da altura do PE e da técnica de drop jumps foram inconclusivas devido às divergências nos protocolos de estudo e aos resultados inconsistentes entre os estudos analisados. Por exemplo, alguns autores relataram que a altura de salto pode aumentar, outros que ela pode diminuir, não se alterar e outros verificaram a existência de altura ótima de plano elevado a partir da qual se obtém maiores alturas de salto no drop jump. Nos estudos experimentais (b e c), 28 indivíduos realizaram counter e bounce drop jumps a partir de planos elevados com alturas correspondentes a 60%, 80%, 100%, 120%, 140% e 160% da média das alturas obtidas em três saltos verticais com contra movimento para registro das variáveis cinéticas e cinemáticas de interesse. Foi identificada uma altura ótima de desempenho em função do aumento no plano elevado a partir da qual foram obtidos maiores ganhos para altura de salto em ambas as técnicas de drop jumps. Os maiores ganhos de altura foram atingidos na condição 140% para o counter e 100% para o bounce drop jump. De maneira geral, a magnitude das variáveis aumentou com o aumento da altura do plano elevado e foi condicionada pela técnica de drop jump. Também foi verificado que variáveis exclusivamente cinemáticas foram capazes de predizer entre 20% e 42% e entre 43% e 63% da variância para altura de salto no countermovement e no bounce drop jump realizados a partir das seis alturas relativas de plano elevado, respectivamente. A análise conjunta de todos os planos elevados permitiu a identificação de modelos preditivos que explicaram 53% e 47% da variância para a altura de salto no countermovement e no bounce drop jump, respectivamente. Para essa última análise, variáveis cinéticas e cinemáticas foram incluídas no modelo preditivo do countermovement drop jump enquanto variáveis exclusivamente cinemáticas foram combinadas para o bounce drop jump. Foi sugerido que a altura de plano elevado pode ser relativizada para garantir que estímulos de instensidades semelhantes estejam sendo fornecidos a diferentes indivíduos. Ainda, a identificação de diferentes parâmetros biomecânicos capazes de explicar a variância para altura obtida entre countermovement e bounce drop jumps reforçou as afirmações da literatura de que a utilização de cada técnica irá estimular diferentes capacidades neuromusculares. Por fim, recomenda-se que novos estudos sejam realizados para ampliar o conhecimento a respeito do efeito da altura relativizada do plano elevado sobre o desempenho em drop jumps.The technique and drop height seem to influence the magnitude of several biomechanical variables and jump height in bilateral drop jumps. The study of the behavior of the biomechanical variables may provide support for the training prescription. Within this scope, the present dissertation, divided into three studies, analyzed: (a) effect of the drop height on kinetic, kinematic and jump height in bilateral drop jumps: a systematic review; (b) determination of the drop height for bounce and countermovement drop jumps through the relative height attained in countermovement jumps; and, (c) kinetic and kinematic predictors of jump height in bounce and countermovement drop jumps. For the review study (a), the electronic databases PubMed, SPORTDiscus, SCOPUS - Elsevier and Web of Science were searched. Twenty-three studies met the established criteria and were included. The informations available in the literature on the effects of technique and drop height are not conclusive due to differences in study protocols and inconsistent results between the studies analyzed. For example, some authors have reported that jump height may increase, others that it may decrease, do not change, and others have shown a parabolic performance curve indicating that there is an optimal drop height from which one can attain higher jump heights in drop jump. For the experimental studies (b and c), 28 subjects performed bounce and countermovement drop jumps from drop heights corresponding to 60%, 80%, 100%, 120%, 140%, and 160% of the average heights obtained in the countermovement jumps to the record of the kinematic and kinetic variables of interest. A parabolic performance curve was identified that indicates that there is an optimum drop height from that higher jump heights gains are achieved in both types of drop jumps. Higher jump height gains were achieved from 140% for the counter and 100% for the bounce drop jump. In general, the magnitude of the variables increased with increasing drop height and was conditioned by the drop jump technique. It was also verified that exclusively kinematic variables were able to predict between 20% and 42% and between 43% and 63% of the variance for jump height in the countermovement and in the bounce drop jump performed from the six relative drop heights, respectively. The analysis of all the drop heights allowed the identification of predictive models that explained 53% and 47% of the variance for jump height in countermovement and bounce drop jump, respectively. For this last analysis, kinetic and kinematic variables were included in the predictive model of the countermovement drop jump while exclusively kinematic variables were combined for the bounce drop jump. It was suggested that the drop height can be relativized to ensure that similar stimulus intensities are being provided to different individuals. Furthermore, the identification of different biomechanical parameters capable of explain the variance for height obtained in countermovement and bounce drop jumps reinforced the literature statements that the use of each technique will stimulate different neuromuscular capacities. Finally, further studies are recommended to increase the knowledge about the effect of the relativized drop height on the performance in drop jumps