Análises geoestatísticas na avaliação da variabilidade do pH do solo em consórcio agroflorestal com cupuaçuzeiro, pupunhera e bacabeira.

Em sistemas agroflorestais (SAFs) ocorrem diversos tipos de interações entre os componentes e também com o solo. A variabilidade nos atributos do solo é intrínseca, no entanto as modificações promovidas pelas espécies vegetais pode determinar sua alteração. A fim de identificar a espacialidade das interações que ocorrem nos SAFs, este trabalho objetivou avaliar por meio dos parâmetros de análises geoestatísticas a dependência espacial e variabilidade do pH do solo em um consórcio agroflorestal com cupuaçuzeiro, pupunheira e bacabeira. O estudo foi conduzido em área de produtor localizada no ramal Baixa Verde do Projeto Reca (RO) em um consórcio agroflorestal de 11 anos de idade com duas partes distintas: (S1) com as espécies cupuaçuzeiro e pupunheira, e a segunda (S2) que possuía também a bacabeira. As amostras de solo foram coletadas em malha regular de 3 m x 10 m. Para verificar a dependência espacial, interpolar dados e elaborar mapas de isolinhas, foi empregada análise geoestatística, por meio de ajustes de semivariograma. A análise de dependência espacial do pH apresenta grau moderado, com o modelo esférico de ajuste do semivariograma. Os parâmetros do semivariograma indicam que a amostragem utilizada para avaliação do pH em consórcios agroflorestais foi adequada, com alcance superior a 12 m, ou seja, maior que a malha amostral adotada. Na área com pupunheira e cupuaçuzeiro os valores de pH são superiores ao sistema que inclui a bacabeira como componente adicional