Construiu-se ao longo das últimas décadas um conflito teórico-político interno às Ciências da Religião no Brasil. De um lado, estão as abordagens próximas à filosofia, à teologia e à fenomenologia, onde autores como Otto, Tillich e Eliade são referências. De outro, as abordagens em perspectiva social científica, quando autores como Durkheim, Weber e Bourdieu constituem o parâmetro. Esta polarização, ao passo que, acirra os ânimos, ao mesmo tempo constiui um panorama pouco auspicioso para a consolidação da área. Fluem, de ambos os lados, acusações de “criptoteologia” e de “reducionismo sociológico”. A tendência é a de um encastelamento disciplinar e ideológico que não possibilita nem horizontes dialogais e nem a construção identitária das Ci...