Tematizamos a imagem, o lugar e o protagonismo do/a indígena na formação da cultura e da identidade nacionais a partir de uma contraposição entre a literatura indianista, em que o colonizador, o modelo antropológico do europeu branco e cristão, fala sobre o/a indígena, e a literatura indígena contemporânea, em que o/a próprio/a indígena fala de si mesmo/a e por si mesmo/a, a partir de suas experiências e histórias como minoria político-cultural produzida pela colonização e sustentada em termos de modernização conservadora. O que impressiona nessa discussão é exatamente o fato de que o/a indígena como antítese da civilização e como massa amorfa a ser moldada para a consecução do novo mundo justifica tanto a colonização quanto o processo cont...