Apendicectomia aberta versus videolaparoscópica em crianças: estudo prospectivo em hospital público terciário

Introduction: Appendectomy is one of the most performed surgeries in children and it is the therapy of choice for the treatment of acute appendicitis. Current evidence favors appendectomy’s laparoscopic approach over the open one. Objective: The aim of this study is to compare open and laparoscopic appendectomy in the treatment of acute appendicitis in children in a public tertiary hospital in Brazil. Methods: prospective observational study comparing open and laparoscopic appendectomies performed in pediatric patients with acute appendicitis seen between March/2017 and March/2018. Epidemiological, preoperative (clinical, laboratory and imaging exams, time between admission and procedure), intraoperative (procedure time, technique), postoperative (hospitalization time, complications) aspects were analyzed. Results: sample of 63 patients, mean age 8 years. 80.9% had vomiting, Bloomberg sign in 63.5%, and diffuse abdominal pain in 71.4%. Blood count was done in 43 patients, with 72% of leukocytosis and 51.2%, bastonetosis; abdominal radiography in 12 and ultrasonography in 47.6%. 31.7% performed laparoscopic appendectomy, while 68.3% had open appendectomy. There was no difference between the groups regarding cavity conditions and appendix characteristics. The open surgery group had 52,3% complicated appendectomies, 2.3% postoperative complications, and mean hospital stay of 3 days, while in the laparoscopic group, 60% were complicated, 10% with postoperative complications, and average hospital stay of 2.9 days. Conclusion: the present study permits to state, with statistical limitations, that there is no difference between open and videolaparoscopic appendectomy in terms of time between admission and procedure, length of hospital stay, and postoperative complications, with the difference in procedure time being relevant.Introdução: Apendicectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em crianças e é a terapia de escolha no tratamento da apendicite aguda. Há evidências na literatura que favorecem a realização da cirurgia pela via laparoscópica em detrimento da via aberta na população pediátrica. Objetivo: comparar a apendicectomia aberta e laparoscópica no tratamento da apendicite aguda em crianças em um hospital terciário público do Brasil. Métodos: estudo observacional prospectivo comparando apendicectomias abertas e videolaparoscópicas realizadas em pacientes pediátricos com apendicite aguda atendidos entre março/2017 e março/2018. Foram analisados aspectos epidemiológicos; pré-operatórios (clínica, exames laboratoriais e de imagem, tempo entre admissão e procedimento); intra-operatórios (tempo de procedimento, técnica); pós-operatório (tempo de internação; complicações). Resultados: amostra de 63 pacientes, com média de idade de 8 anos. 80,9% apresentavam vômitos, sinal de Bloomberg em 63,5% e dor abdominal difusa em 71,4%. Realizado hemograma em 43 pacientes, com 72% de leucocitose e 51,2%, bastonetose; radiografia abdominal em 12 e ultrassonografia em 47,6%. 31,7% realizaram apendicectomia laparoscópica, enquanto 68,3%, apendicectomia aberta. Não houve diferença entre os grupos quanto as condições da cavidade e características do apêndice. O grupo da cirurgia aberta teve 52,3% de apendicectomias complicadas, complicação pós-operatória em 2,3% e tempo de internação médio de 3 dias, já no da laparoscópia, 60% foram complicadas, 10% com complicação pós-operatória e 2,9 dias de tempo de internação médio. Conclusão: o presente estudo permite afirmar, com limitações estatísticas, que não há diferença entre apendicectomia aberta e videolaparoscópica quanto ao tempo entre a admissão e o procedimento, tempo de internação e complicações pós-operatórias, sendo relevante a diferença no tempo do procedimento