O artigo em questão se propõe a analisar O caderno rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst, sob a luz das noções barthesianas presentes na obra O prazer do texto (1973). Mais especificamente, trabalharemos a noção de jouissance (gozo), a fim de verificar a hipótese de que a obra hilstiana se caracterizaria no que Barthes chamou de texte de jouissance (texto de gozo). A porosidade entre os seminários de Lacan e Barthes nos anos 1970 convoca-nos a nos debruçarmos sobre o conceito de gozo para Lacan e também sobre os seus primeiros contornos na obra freudiana. Finalmente, refletiremos sobre como o gozo se configura no texto de Hilst, de modo a questionar de que forma a linguagem erótica/pornográfica de que se utiliza corrobora para a potênci...