Reificação da consciência x pensamento crítico: por uma formação docente emancipatória

Este trabalho apresenta como foco principal discutir a formação de professores, tendo como base de análise a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt. Para isso, pautamo-nos em autores como Adorno, Horkheimer e Kant, bem como expoentes da Teoria Crítica contemporâneos, dentre eles, Buck-Morss, Pucci e Leo Maar. Enfatizamos a necessidade de uma formação docente emancipatória, na qual, o futuro professor esteja apto a concentrar esforços no sentido da contradição e da resistência, em face de uma sociedade que impõe a heteronomia. Entendemos que, primeiramente, o professor em formação, precisa desenvolver o próprio pensamento autônomo, para que possa, posteriormente, auxiliar seus alunos a pensarem de maneira não-tutelada. A formação docente emancipadora é uma possibilidade, no entanto, como pontua Adorno (1995), faz-se necessário juntar os esforços rumo a uma “[...] educação para a contradição e a resistência”. Com uma formação mais consistente, o professor poderá, por exemplo, esclarecer aos alunos algumas falsidades contidas nos conteúdos veiculados pela indústria cultural, por meio da análise de programas de rádio ou TV, filmes, propagandas etc., os quais, muitas vezes, remetem o telespectador à ilusão de um mundo perfeito, apesar de todos os horrores presentes na sociedade contemporânea. O docente pode, ainda, analisar junto aos alunos, os sucessos musicais, estabelecendo um paralelo entre os hits que estão no topo das paradas de sucesso e músicas de teor denso. Nessa análise, cabe uma reflexão sistematizada e conduzida pelo professor, a qual propiciará discussões acerca do conteúdo explicitado, junto aos educandos