Behavioral biases and choices of capital structure : a sample from Portugal

Financial literature has for many years focused on firm- and industry-level characteristics to help explain company decision-making, however, theorists have long acknowledged a gap between theoretical models and empirical data. Behavioral finance has more recently emerged as to study the role of managerial heterogeneity in corporate decisions, but there is still no extensive research. This dissertation aims to understand whether executives’ behavioral biases – optimism, risk and loss aversion, and present and confirmation biases – produce an effect on capital structure decisions, represented by the debt and short-term debt ratios, at firms in Portugal. Through a survey-based research and following a similar methodological approach to Graham and collaborators (2013), I was able to infer executives’ biases and collect company data for the year 2020. Results showed that Portuguese executives are biased, being moderately optimistic, highly risk- and loss-averse, and suffering from confirmation bias and a minor present bias. Additionally, I confirmed that optimistic and loss-averse managers incur in higher debt levels while risk-averse executives seek out lower levels of debt. Nonetheless, these biases did not produce an effect on debt maturity preferences, suggesting that firm specificities and the global panorama continue to be the most important explanatory variables. This dissertation therefore concludes that behavioral biases, mainly optimism, risk aversion and loss aversion, produce an effect on Portuguese firms’ choices of debt levels, and should be taken into consideration by decision makers.A literatura financeira tem-se focado nas características das empresas e das indústrias para explicar as decisões das firmas, contudo, os teóricos reconhecem que há uma diferença entre os modelos teoréticos e o que se verifica empiricamente. As finanças comportamentais emergiram recentemente com o intuito de estudar o papel da heterogeneidade dos gestores em decisões corporativas, mas ainda não existe muita investigação. Esta dissertação tem o intuito de analisar se os enviesamentos comportamentais dos executivos – otimismo, aversão ao risco e à perda e enviesamentos confirmatórios e do presente – produzem um efeito em decisões de estrutura de capital, representadas pelos rácios de endividamento e endividamento de curto-prazo, das empresas portuguesas. Através de um questionário e seguindo um método similar ao de Graham e colaboradores (2013), foi possível inferir enviesamentos dos executivos e colecionar dados das empresas para 2020. Os resultados mostram que os executivos portugueses são moderadamente otimistas, avessos ao risco e à perda, e sofrem de enviesamento de confirmação e de um ligeiro enviesamento do presente. Adicionalmente, executivos otimistas e avessos à perda incorrem em mais dívida, enquanto os gestores avessos ao risco optam por menos dívida. Contudo, estes enviesamentos não produziram qualquer efeito na maturidade da dívida, sugerindo que características das empresas e o panorama global continuam a ser as variáveis de análise mais importantes. É possível concluir que otimismo e aversão ao risco e à perda produzem um efeito nas escolhas de endividamento das empresas portuguesas, e por isso devem ser tidos em conta pelos decisores