And yet, they last : the employment and productivity effects of crises on firms in Portugal

This thesis examines the dynamic firm-level effects of the 2008 global financial crisis (GFC), the driving mechanisms of their persistence, and the linked labor (and factor) productivity dynamics. It proposes a simple dynamic macroeconomic model and uses administrative longitudinal matched employer-employee data for Portugal over 2004–17 to identify firm level, crisis-induced employment and productivity impacts and channels. Exploring the quasi-experimental variation in each firm’s foreign demand resulting from the 2008 GFC, the thesis shows that while there was a significant effect on firm exits, there was also a strong effect on the diversification of external markets among continuing firms. These firms responded by adjusting the composition of their labor force towards more skilled labor, consistent with a lasting reduction in employment. Overall, this thesis finds evidence that the effects of the GFC were felt on revenues, employment, and productivity for half a decade after the shock hit, suggesting that transitory shocks entail “scarring effects” for firms (not just workers). Finally, the thesis documents that despite negative effects on individual labor (and factor) productivity, the GFC fostered the survival of the fittest with potential “cleansing effects” at the aggregate level.Esta tese examina os impactos dinâmicos da Grande Crise Financeira (GCF) nas empresas Portuguesas, examina os mecanismos subjacentes a efeitos persistentes e as respostas na produtividade. Propõe um modelo macroeconómico dinâmico e explora micro dados administrativos para Portugal entre 2004-17 para identificar, ao nível da empresa, efeitos e canais induzidos pela crise no emprego e na produtividade. Explorando uma quasi-experimental variação na procura externa de cada empresa causada pela GCF, esta tese mostra que ainda que tenham havido efeitos significativos na morte de empresas, também se observou uma diversificação de mercados externos pelas empresas sobreviventes. Estas empresas, encolheram a sua força de trabalho, ajustando-a privilegiando o trabalho mais qualificado. Em suma, os efeitos da GCF sentiram-se nas receitas, no emprego e na produtividade quase uma década volvido o choque, sugerindo que as crises cicatrizam as empresas (e não apenas os trabalhadores). Finalmente, esta tese mostra que apesar dos efeitos negativos na produtividade das empresas, a crise fomentou a sobrevivência de empresas mais produtivas, sugerindo que as crises podem ter efeitos ‘purificadores’ no agregado