Metodologias e Estratégias - Inclusão de uma criança com Síndrome de Rett no Jardim de Infância

Num mundo em rápida transformação, a inclusão em contexto escolar assume um papel fundamental quando está em causa uma melhor qualidade de vida e a indepência financeira proporcionada pela equidade na procura de emprego, sendo que, “existe uma relação entre educação inclusiva e inclusão social nas áreas da educação, emprego e vida na comunidade” (AENEEI, 2018). Tendo em consideração que “Os alunos com deficiência educados em contextos inclusivos podem ter um melhor desempenho a nível académico e social do que os alunos educados em contextos segregados” (AENEEI, 2018: 7) é necessário repensar a escola e o papel do(s) professor(es) enquanto agentes de mudança que permite minimizar desigualdades. As barreiras à aprendizagem são diversas e, cada criança, adolescente ou adulto apresenta necessidades e dificuldades específicas, que exigem respostas diversificadas, que sejam capazes de lhes permitir o acesso ao currículo e a aquisição e potenciação de competências que lhe permitam a participação na vida escolar e na sociedade, e ainda, uma melhor qualidade de vida Quando se trata de crianças com Síndrome de Rett (RTT), “(…) uma doença neurológica do desenvolvimento e a segunda causa de atraso mental grave no sexo feminino” (Temudo, 2008: 1), estas apresentam um desenvolvimento dentro da normalidade até terem alguns meses de vida (habitualmente entre os seis e os dezoito meses), mas, depois, começam a evidenciar uma regressão (rápida) do desenvolvimento neuropsicomotor, com compromisso das habilidades motoras e da linguagem, podendo aparecer os característicos movimentos estereotipados das mãos. Entre os dois e os dez anos, ocorre um período de “estabilização” e, até de melhoria, seguido de uma fase onde aumenta a deterioração da coordenação motora global, entre outros aspetos. Assim, na intervenção, em contexto escolar de crianças com RTT, deparamos, quase sempre, com dificuldades de aprendizagem complexas, onde é fundamental uma avaliação permanente das práticas educativas, de modo a que se possa proceder atempadamente à adequação de estratégias e de metodologias que possam trazer uma melhoria das competências da criança e, também, da sua qualidade de vida